Num Brasil caminhando para o fim da ditadura, respirando ares de inédita liberdade criativa, São Paulo foi cenário de uma renovação cultural e um pequeno teatro na Teodoro Sampaio, junto à Praça Benedito Calixto, surgiu como espaço ideal para divulgar a agitação daqueles tempos.
Com nome inspirado no poema homônimo de Mário de Andrade, o Lira Paulistana funcionou de 1979 a 1986, destacando uma imensa lista de músicos, cantores, bandas e compositores, até então sem espaço nas gravadoras, que formaram aquela denominada Vanguarda Paulista.
O Lira foi teatro, cinema, palco para shows, editora, loja, livraria e selo para lançar LPs da chamada produção independente. Itamar Assumpção, Tetê Espíndola, Premeditando o Breque, Passoca, Vânia Bastos, Língua de Trapo, Tiago Araripe, Arrigo Barnabé, Ná Ozzetti, Grupo Rumo, Cida Moreyra, Patife Band, Eliete Negreiros, Zé Eduardo Nazário, Grupo Um, Ira!, Titãs, Ultrage a Rigor e Ratos de Porão são apenas alguns nomes que marcaram a história do lugar e, por fim, da cultura brasileira. Seguem algumas capas de LPs destes artistas.
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